Por Juan Baez, BA, LAC, KCGC, IGDC, em nome do Centro Nacional Hispânico-Latino de Treinamento e Assistência Técnica em Abuso de Substâncias (ATTC).
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Durante este período de expansão da disponibilidade de apostas, é importante discutir o jogo problemático e como isso pode destruir a vida de indivíduos e famílias. Existem fatores que tornam o jogo problemático único em comparação com os transtornos por uso de substâncias ou outros comportamentos problemáticos. Esse conhecimento é fundamental quando se trabalha e educa pessoas com problemas e/ou transtornos relacionados ao jogo. Como comunidade latina, é essencial falar sobre quais são essas diferenças e como podemos servir melhor nosso povo.
De acordo com o Censo dos Estados Unidos, aproximadamente 62 milhões de latinos morando no país. Isso nos torna uma parte significativa do tecido deste país e essenciais para o seu sucesso. Os latinos vêm ou têm raízes em lugares como México, América Central, Caribe e outros. Mesmo em vários países e regiões, a cultura, o idioma e a disponibilidade de jogos de azar são diversos e é importante identificar essas distinções. Podemos simplesmente fazer perguntas e praticar a humildade cultural para educar a nós mesmos e aos outros.
Há muita discussão em torno da terminologia de como se dirigir a nós. Existem diferentes termos como latinos, hispânicos, latines e outros. É essencial permitir-nos identificar-nos e identificar onde estamos em relação à nossa recuperação.
Existem muitos tipos de jogos de azar nos Estados Unidos, incluindo máquinas caça-níqueis, jogos de mesa e cartas, loterias, apostas esportivas, bingo e corridas de animais. No entanto, existem outras formas não tradicionais de jogos de azar nos países latinos. É importante conhecer as diferenças que existem e em quais tipos de jogo os latinos se envolvem.
Certas populações estão em maior risco de desenvolver problemas com jogo. Estes incluem latinos, pessoas com outros tipos de dependência ou problemas de saúde mental, e jovens adultos (Petry, 2005). Em primeiro lugar é fundamental a prevenir que as pessoas desenvolvam problemas de jogo. Educar sobre os fatores de risco e proteção para evitar problemas de jogo é essencial. A prevenção é o ideal.
O tratamento de indivíduos com problemas de jogo deve estar disponível e é necessário capacitação e treinamento para lidar com o tema. Os centros de tratamento de saúde mental e abuso de substâncias devem investir em ter conselheiros e terapeutas certificados em fornecer terapias eficazes para problemas de jogo. Essas práticas devem então ser aplicadas de maneira culturalmente informada. A recuperação de latinos que sofrem com jogo problemático é possível com tratamento e cuidados contínuos e posteriores.
Uma das coisas que diferencia o jogo problemático dos transtornos por uso de substâncias é o estigma e a vergonha. Embora o estigma e a vergonha também existam em outras dependências, eles podem ser mais fortes em relação ao jogo problemático. (Hing, 2016). Alguns enxergam isso como uma fraqueza moral, e não como uma doença que requer ajuda. É importante abordar o estigma e a vergonha e comunicar que os latinos com problemas de jogo precisam de compaixão e tratamento.
De acordo com o Conselho Nacional sobre Jogo Problemático, a cada ano há aproximadamente 2 milhões de adultos nos Estados Unidos que sofrem com grave dependência ou transtorno por jogo. Outros 4-6 milhões de indivíduos têm uma forma menos grave de jogo problemático. Os serviços para pessoas que sofrem de problemas de jogo são mais limitados em comparação com serviços para tratamento de álcool e outras drogas (Marotta, 2017). Por essa razão, é importante ter serviços cultural e linguisticamente apropriados disponíveis para os latinos. O bom é que os serviços existem e sua disponibilidade está aumentando.
Para reduzir a incidência geral de problemas de jogo, é necessário abordar o tema de múltiplas maneiras. Esta abordagem multifacetada inclui pesquisa, prevenção, tratamento e cuidado contínuo. A cobrança por investimento público e privado nesta questão levará a estratégias baseadas em evidências mais eficazes e culturalmente informadas.
Recursos para o Jogo Problemático
Conselho Nacional sobre Jogo problemático: https://www.ncpgambling.org/
Programa de estudos sobre apostas da UCLA: http://www.uclagamblingprogram.org/
Centro Internacional para Jogo Responsável: https://www.icrg.org/
Apostadores anônimos: https://www.gamblersanonymous.org/ga/
Gam-Anon: https://www.gam-anon.org/
Linha de ajuda nacional sobre jogo problemático: 1-800-522-4700
Juan Baez é um profissional de prevenção em jogo problemático em Kansas. Juan possui um diploma de bacharel em Sociologia pela Fort Hays State University. Ele é um conselheiro licenciado sobre o abuso de substâncias, Certificado em jogo problemático em Kansas. Ele é bicultural e bilíngue em español e possui um Certificado Internacional de Distúrbios relacionados a jogos. Ele tem vasta experiência trabalhando em diversos campos com várias populações. Ele é atualmente o Presidente do Comitê do Programa para o Consórcio do Meio-Oeste sobre Jogo Problemático e Abuso de Substâncias, ocupa posições de liderança em comitês com o Conselho Nacional de Jogo Problemático e está envolvido em vários projetos, tanto a nível estadual quanto nacional.
Referências
Hing, N., Russell, A. M., Gainsbury, S. M., & Nuske, E. (2016). The Public Stigma of Problem Gambling: Its Nature and Relative Intensity Compared to Other Health Conditions. Journal of gambling studies, 32(3), 847–864.
Marotta, J., Hynes, J., Rugle, L., Whyte, K., Scanlan, K., Sheldrup, J., & Dukart, J. (2017). 2016 Survey of Problem Gambling Services in the United States. Boston MA: Association of Problem Gambling Service Administrators.
Petry, N. M. (2005). Pathological gambling: Etiology, comorbidity, and treatment. Washington, DC: American Psychological Association.
U.S. Census, retrieved from: https://www.census.gov/library/stories/2021/08/improved-race-ethnicity-measures-reveal-united-states-population-much-more-multiracial.html